terça-feira, 14 de julho de 2009

J.R. Duran


O aclamado fotógrafo catalão que radicou-se no Brasil, completou 57 anos esse mês e continua arrasando. Colaborador permanente da Playboy, cujas capas feitas por ele estão entre as mais vendidas, suas fotos ainda aparecem na Vogue e Claudia. Deparei-me com uma reportagem muito bem escrita sobre sua carreira na revista da Tam, enquanto voava de Cuiabá pra São Paulo na madrugada do último sábado. Como não costumo dormir na viagem e, tudo o que me cai nas mãos eu leio, me deliciei com o assunto e resolvi transcrever alguns trechos das definições do próprio Duran sobre sua vida captando belas imagens através da câmera.


"... O que me ajuda a descobrir os meus limites, os meus sonhos e, paradoxo visual, a realidade do mundo que nos cerca é a fotografia. Isto pode acontecer dentro de um estúdio, na aparente limitação de um fundo infinito, ou em locação nos lugares mais distantes possíveis, na busca de uma imagem. É uma procura constante que me faz acordar, todos os dias, sentindo a mesma emoção da primeira foto que fiz, muitos anos atrás.


A beleza é fugaz, frágil. Ás vezes, tênue como a passagem de um anjo, ou como um beijo, só descoberta depois que o instante aconteceu, visível em um fragmento de segundo apenas por quem acredita nela. Por quem a procura. ... A câmera fotográfica é apenas o instrumento que registra o que meus olhos querem ver. É a generosidade do olhar e a serenidade do espírito que me ajudam a contemplar o mundo. É a câmera que me ajuda a entender a beleza do mundo, seja nas paisagens, seja nos traços dos rostos das pessoas que fotografo e que são, como disse o lendário fotógrafo Richard Avedon, uma espécie de mapa-múndi da vida no coração de cada um".


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